O descompasso do tempo
Deixou o meu talento
Bem perto do que traz sorte
Em um dia normal desses
De verão que pede sede
Assim que me desviei da morte.
Só digo que foi um descompasso
Porque o tempo me foi um carrasco
E disse que eu não tinha porte.
Aquela pessoa tão gentil
Me viu meio um cão jogado
E resolveu curar o meu machucado
E não me apontou para a rua do canil.
Ah! Que bela alma! Que grande ser!
Naquele dia eu a vi num jantar em família
Pois ela foi a minha alegria toda em um só dizer.
Que maravilha! Hoje eu agradeço ao universo.
Hoje de fato muito canto e danço
E pinto e rodopio e tento até esculpir
E crio um esboço para pintar algo manso
Para chegar o fim do dia até a noite cair
E Eu possa com todo e qualquer caminho inverso.
Nº: 09
POESIA PROPÍCIA AO ERRO
Alessandro da Silva Lima