Clayton Alexandre Zocarato Cabelos… No espelho… Refletindo algo… Que parece com… Meus joelhos… Tento com a loção… Esconder as marcas… Do tempo… Lamentos escorrem… Por minhas pintas… Vou dançar no seu ritmo… Do ponteiro implacável… Afável como papel… Permeável na canção… No que diz ser além… Fazendo meu harém… Desaparecer… Sou gago… Sou gado… Sou…
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Separação
Paulo Tavares Muniz Filho E foi buscar no infinitoUm amor então ausenteAntes fora tão bonitoTornou-se inexistente O desespero sufocou seu gritoE a dor, assim silente,Torna-o do amor proscritoCidadão de pátria dolente O degredo, por si, já é suplícioMas a tentativa de resgate prementeRealça tudo o que foi perdidoTorna a vida em morte, diariamente
Margens
No salão principala escada rolantecompulsiva e constantevomitando degrausnas esquinas alegreso caosde terno e piercingsa fome espertabatendo carteirasna frente dos shoppingsputas, pedintes, meninaspontes ligeirascruzam rios chapadose a vida trafegaem buzinasfaróis acesose vidros fechados [Malungo, in Digitais, p.152]