Juan Lima
Onze minutos, infindável tempo de dor.
Ela grita, esperneia, suplica, se debate.
Noventa minutos, uma vida findada.
O seu tempo é quando, até quando?
Pobre moça lúgubre de olhos cansados,
Menina, mulher, amante, rio tétrico.
Por que sois alma valente, em ventre,
Germinada em solo terrestre, és fênix?!
Que brilho é esse que carregas em si, assim?
Mesmo com tanta luta e luto.
Com tanto macho escroto, desairoso.
És rosa branca desabrochando do ódio,
Disseminando audácia, sangue e suor.
Fazendo da sua vida um prélio imperioso.