Para você que eu espero voltar a encontrar um dia…
Te definir não cabe no poema
No entanto, escrevo.
Adónis,
Quantas vezes te idealizei…
Vislumbrar estrelas.
És enigma,Um sentimento oculto, liberdade.
Não consigo dormir
Porque vejo os teus olhos.
São profundos estes teus olhares. E os teus beijos não sei…mas roubei-os tantas vezes sem querer, que custa não saber.
Questiono-me sobre o que serão os teus pensamentos.
Inatingíveis, inalcançáveis.
Já não tenho tempo.
Adónis, talvez amanhã eu esteja melhor
Talvez a insónia e a febre passem
Talvez barulho da rua já não faça sentido.
Talvez a primavera chegue com as cores do outono…
O sentimento pode ser erva que nasce espontânea sem ser semeada e não chega a florescer.
Te vejo mais uma vez tão perto
Apenas quero te admirar
Como se fosses frágil, mas és anjo…
Talvez se te visse dormir, fosse miragem…
Quisera não sentir como sinto,
Mas sinto leve como és…
Quem sabe houvesse outra forma de fazer as coisas A luz e a verdade fazem doer os olhos. E as noites não voltarão.
E eu sei que andei perdida
Procuro
Não sei porque não te encontrei no sonho
Talvez fosse mais fácil
Queria tocar tua mão de leve
Guardar-te em alguma recordação cristalizada em âmbar.
O desejo invade e entre respirações tento conter a tristeza de te ver partir
Queria que se fizesse silêncio no mundo
Para que o relógio pudesse parar às três.
Todas as cartas de amor são ridículas. Não sou nada sentimental.