Tento cada dia como se fora o último,
Os pensamentos são velozes.
Eu desconstruo o status quo,
A vida anda me tentando.
De tanto tentar, eu cedo, me entrego.
Não há um único dia sem tentar.
Há dias em que a cabeça se baixa,
Há dias que o corpo se entrega.
O corpo já não responde à luz da alvorada,
É tudo muito pesado.
Não há um único dia sem pecar.
Às vezes, deitado sob a relva.
Às vezes, andando pela rua.
Não há hipótese que cure,
São verdades, a alma nua e crua.
Há tanto medo ..
O que há por trás do medo?
Há tanto amor.
O tanto que hoje me assombra,
São lágrimas derramadas de dor.
A alma que peca em teu corpo,
Um dia há de queimar de amor.
O beijo vermelho na boca errada,
A alma leve, voando, de um eterno pecador.
Juan Lima (08/01/2019)