Com o tempo, reaprendemos a sorrir com os olhos
A ler o olhar
Fazia há muito que não nos víamos
tão de perto
tão profundo
A ponto de desejar a vida
de antes disso tudo
A ponto de querer não estar
aqui
Tão desprotegido
Em fuga constante
Com medo do que não há cor
e nem textura
Com medo, e apenas com medo
Do que há…dentro de nós.
Celeste Sousa