MANIFESTO SAFISTA
O primeiro passo para a revolução é a arte.
Nada acontece sem a ação artística, ou o ato da arte.
O mundo não evolui, o tempo não passa, o espaço não se propaga, as árvores não crescem, a natureza não existe, Deus morre, a vida se extingue e tudo se torna nada, contudo, com a ajuda da arte e com o desprezo da arte.
Nós da S.A.F.E-S.E pensamos o mundo como uma concepção artística, desde o “Big Bang”, a ciência, a filosofia e a existência humana, até qualquer fenômeno do universo.
Não acreditamos que os fenômenos do universo acontecem sem que haja arte.
Isso nos dá a acepção de que a vida e a morte são artes.
Não cremos em Deuses que não reconhecem a arte e, acima de tudo, testamos e detestamos qualquer manifestação anti-arte.
A nossa crença e esperança é baseada em arte. A arte é a revolução primordial, precedente, inerente, vital, salutar; é arte desde que se pensou pela primeira vez sobre o que é arte. A arte existe desde sempre e nunca pediu para surgir.
Assim como a matemática, a linguagem, a biologia e a química são elementos que nos compõem e nos tornam seres, a arte não deixa de nos faltar. Além disso, não podemos, nunca, deixar de utilizar a arte para a mudança interna das coisas, externa, pessoal e interpessoal – mesmo deixando de lado outras formas e fórmulas de aprimoramento.
Enfim, a S.A.F.E-S.E imagina que as novas mudanças globais precisam da arte, assim como necessitam das tecnologias de informação e comunicação; de comida, de saúde e de dinheiro. Por isso, manifestamos as nossas vontade de mudanças por meio da manifestação artística. Nós somos arte. A arte é o que nos compõe e nos dá disposição. Sem a arte não seríamos nem nada, ou menos que qualquer grão de areia que existe nas praias.
Devido isso, sigamos com os pontos que embasam o nosso manifesto.
1. As pessoas que integram a sociedade artística filantrópica erudita sustentável e engenhosa são, sobre tudo, artistas dispostos a recuperar o senso da arte não pasteurizada e elitista.
Todas as visões que nos movem são sociais e com desenvoltura. A arte é o ponto principal das reuniões e, sem levar em consideração as intempéries da dinâmica do mundo capitalista, as realizações artísticas serão de unho social. Assim, sem mensurar o que pode ou o que não pode ser dito, exposto, pintado, esculpido, narrado, encenado, dançado ou construído, faremos o que os espíritos entusiasmados fazem.
2. Nós seremos o que a arte precisa, que é a arte e as manifestações artísticas. Não nos apaixonamos por nada que não é, ou não seja, arte, uma vez que, para nós, só a arte salva. Não tomaremos nenhum líder como líder de fato, uma vez que só a arte é a liderança. Não lutaremos por mais ninguém que não ame a arte.
Não teremos compaixão, não seremos atencioso, não faremos o extraordinário, não cantaremos para os ventos, não saudaremos e nem respeitaremos nenhuma entidade que não goste de arte. Não seremos passivos com quem não é passivo com a arte, pois nada existe sem a permissão e a descoberta da arte.
3. Nós somos o tempo dentro de uma ampulheta, medido e previsto, contudo, com o controle do passado, do presente e do futuro. Nós somos o tudo e o nada em convergência. Nós somos os paradoxos do mundo. Nós temos mais palavras no vocabulário do quê qualquer dicionário, de qualquer língua, pois sabemos derivar e flexionar as palavras das línguas, sem restrições ou amarras. Nós somos a virtualidade da internet. Nós somos a universalidade do universo, dentro de um universo infinito, dentro de um universo finito. Nós somos as dúvidas e as certezas; e temos todas as respostas de todas as dúvidas.
Não nos envergonhamos de amar todos os períodos artísticos que existem no mundo. Não nos queixamos de sermos fragmentados, perdidos, deprimidos, ansiosos, entusiasmados e errantes, assim como não nos arrependemos de amparar todas os tipos de arte descobertas com o andar dos tempos.
4. A nossa vida é uma arte. O nosso amor é uma arte. A nossa raiva é uma arte. A nossa vingança é uma arte. Os nossos dias não cessam de ser arte a todo segundo. Por meio dessa perspectiva, da vontade de potência, do apetite por mudança, da degradação das coisas, da falta de sentido nos raciocínios, das palavras que ainda vão existir e das palavras que deixaram os dicionários, a nossa arte será a mesma arte do mundo, sendo outra forma de ver a arte no mundo.
5. O safismo é uma filosofia, antes de ser qualquer modo de expressão. As leis que nos regem não regem a arte. As forças que nos empatam, que nos matam, que nos movem, não movem a arte, porque a arte não precisa de aceitação de ninguém para existir. Não obstante, acreditamos que nada dá conta de parar a propagação artística.
6. A arte é a transpiração dos nossos corpos, o sangue nas nossas veias, a aorta dos nossos corpos, os batimentos dos nossos corações, as evolução das nossas espécies, a morte dos preconceitos, o fim das maldades, o começo da paz, a saúde dos nossos espíritos, os entusiasmos das nossas canções, as sinapses dos nossos cérebros… A arte é tudo e, devido a esse fato, nós somos as artes.
7. A S.A.F.E-S.E manterá todos os integrantes como uma unidade. Eu que agora escrevo este manifesto sou uma das pessoas que sonha sempre em ser uma pessoa independente e respeitado. Nunca quis a minha dignidade à mosca, mesmo com a acepção que não definimos as nossas ações antes das ações acontecerem. Eu acredito que todas as artes bebem da mesma bebida, mudando os rótulos.
A arte, com a noção de transposição, sobreposição, sobreposição, interposição, extraposição e ultra posição não sentencia, mesma que tenha noventa por cento de convicção da certeza e da verdade. Eu necessito, a S.A.F.E-S.E é um fruto de uma árvore das necessidades, com o intuito de não parar mais com as produções de sementes.
8. O respeito deve se posicionar em uma das primeiras colunas do Sociedade Artística.
9. Todos os artistas deverão criar, todos os produtos criados serão publicados e o lucro causado pela arte precisa ser dividida, toda, igualmente, para todas as pessoas que tiverem o nome colocado na lista dos nomes.
10. Fim. Este é o manifesto, o decreto, uma das primeiras descobertas artísticas da Poesia Propícia ao Erro, da S.A.F.E-S.E e de qualquer outra produção artística da nova visão de arte, que engloba todos os períodos artísticos de todas as numerações que existem sobre as até então possíveis artes. O safismo é a arte bêbada, doente, pobre, maldita, execrável, e, no entanto, curadora.
POESIA PROPÍCIA AO ERRO/S.A.F.E-S.E