Na margem do olho do furacão
Caminhamos ermos,
mas conectados.
Da margem,
a força centrípeta
É mais forte.
Samsara
vadeia
na roda de samba.
Faísca de luz
na saia que gira.
Na gira, Padilha não recua
Não fica tonta
Ela dança
No centro dela
Todas as forças
Universais
Gritam
Gargalham
E dançam
Milhões e milhões
De átomos
Em fissão
Nuclear
Na roda,
Samsara
Encara
O olho
Do furacão.
Ela tem três olhos
E, em terra de cegos,
Ela é mais que rainha
É deusa.