5. Era uma travesti chamada Paloma. Na verdade era Carlos, mas aquele gosto de usar saia não combinava com o nome. Escondeu o quanto pôde aquela vontade que tinha dos meninos, mas foi descoberto com um deles fazendo a festa atrás de si. Os outros que chegaram na hora errada. Carlos chorou, mas decidiu: que se dane, meu nome agora é Paloma.
Mariana Paiva, In Canto da Rua, 2016, p. 14.