Às fortunas, ao leu, num dilema e num paradoxo patético
Eu espero que os meus poemas não sejam só um aglomerado de termos
Sem coesão e coerência
Com erros de sintaxe
E tudo o mais que é embuste e medíocre.
Não suportaria uma notícia dessa natureza.
Uma crítica definhante e cheia de juízos de valores me tornaria um monstro efêmero
E Eu escreveria tenso como o aço
Escritos meio sem escrúpulos.
Por isso escrevo mais para ti, que tem os olhos bonitos.
Quase todos os atos bondosos que recebi,
Desde o Sol que me deseja Boa-noite sempre.
Ainda existem muitos outros pontos lindos na minha vida.
Que merecem poemas, e cânticos, e pinturas e etc., entretanto,
Como me alegro enquanto escrevo. E isso é tudo.
Tu podes imaginar bem o quanto sou feliz,
E ainda assim não saberás como Eu estarei ainda mais feliz.
Tu podes destilar o orgulho por mim e serei um rei,
Mas ainda assim
sem mistério sério
Eu seria mais orgulhoso.
Eu me sentirei um rei
Por um instante. Por ser pomposo,
Mesmo sem qualquer tipo de trono.
Eu serei!
Porque no fim de tudo,
De tudo mesmo,
Do início ao fim,
Eu terei escrito para uma pessoa que guardo num sorriso brando.
Eu terei pouco por ser só mais um mísero e pequeno humano.
Contudo,
Eu serei poeta? Eu serei pateta? Eu terei panquecas? Eu terei ideias inquietas?
Nº: 10
Poesia propícia ao erro
Alessandro da Silva Lima